A raiva é considerada uma das zoonoses de maior importância em Saúde Pública, não só por sua evolução drástica e letal, como também por seu elevado custo social e econômico.
A história da Raiva no Brasil inclui um dos mais dramáticos exemplos do que podem representar certas infecções dos pontos de vista econômico e social. Em 1908 começou uma grave epizootia que resultou na morte de mais de 4000 mil bovinos e um mil equinos. Segundo Parreiras Horta, esse episódio ficou gravado nos anais da medicina veterinária com a mais colossal epizootia de raiva já registrada no país.
Estima-se que a raiva bovina na América Latina cause prejuízos anuais de centenas de milhões de dólares, provocados pela morte de milhares de cabeças, além dos gastos indiretos que podem ocorrer com a vacinação de milhões de bovinos e inúmeros tratamentos pós-exposição (sorovacinação) de pessoas que mantiveram contato com animais suspeitos.
A estratégia de atuação do Programa é baseada na adoção da vacinação dos herbívoros domésticos, do controle de transmissores e de outros procedimentos de defesa sanitária animal que visam à proteção da saúde pública e o desenvolvimento de fundamentos de ações futuras para o controle dessa enfermidade.
Desde 1966, o Ministério da Agricultura, por meio da Divisão de Defesa Sanitária Animal, instituiu o Plano de Combate à Raiva dos Herbívoros, que atualmente se denomina Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), executado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Tendo em vista a vigilância em ruminantes, desenvolvida no Brasil para todas as enfermidades neurossindrômicas, com ênfase para a vigilância da raiva e da encefalopatia espongiforme bovina, bem como do scrapie, a Instrução Normativa Ministerial nº 5, por intermédio do art. 2º, determinou a obrigatoriedade de o proprietário notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou suspeita de casos de raiva.
A Raiva no contexto da Saúde Única
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre – IDAF procura sempre realizar suas ações, no que diz respeito às zoonoses, interligando todos os setores. Por ser uma infecção que acomete todos os mamíferos, trazemos as secretarias municipais de saúde, através da vigilância em saúde para juntos buscar solução para o controle e prevenção da Raiva nas localidades, com o objetivo especifico de descentralizar e interligar as ações, ou seja, concretizando o termo saúde única na execução das ações da Raiva.