Por Fabiana Matos
Teve início no dia 21 de setembro e se encerra no dia 8 de janeiro de 2025 o cultivo da soja para a safra 2024/2025, conforme calendário estabelecido pela Portaria nº 1.111, de 13 de maio de 2024, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A época da semeadura da soja é um processo vital na agricultura, e varia de acordo com a recomendação de cada cultivar. Elas devem ser plantadas no local orientado, seguindo fatores importantes como a preparação do solo, cultivo e limpeza, condições climáticas, manejo e vazio sanitário adotado pelo estado.
Nesse cenário, o tempo de semeadura ganha destaque, pois ela irá determinar a exposição das plantas aos fatores climáticos, proporcionando melhores condições fitossanitárias ao cultivo, com ações estratégicas de defesa sanitária vegetal, além de medidas de fiscalizações e orientações, e assistência técnica na prevenção e controle da praga.
Segundo Ligiane Amorim, coordenadora estadual de grandes culturas do Idaf, a semeadura é uma estratégia de controle da principal praga da soja e bem feita pode impactar significativamente a produtividade da semente: “O Acre possui cerca de 17.000ha de plantio da soja, por isso é importante acompanhar todas as etapas com atenção e adaptar as práticas conforme as condições locais”.
Para a realização da semeadura, o governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), realizou durante o período de 90 dias a campanha do Vazio Sanitário, no qual os produtores ficaram responsáveis por atender à determinação de não manter qualquer planta viva de soja no estado. Essa medida é aplicada a fim de reduzir os riscos de proliferação do fungo responsável pela principal praga da cultura: a ferrugem asiática.
Durante o vazio sanitário, o órgão adotou a implementação do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), instituído pela Portaria n° 1124, do Mapa, visando fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, racionalizando o número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência da ferrugem asiática da soja às moléculas químicas utilizadas no seu controle.
Essas etapas ajudam a garantir que a semeadura da soja ocorra de maneira eficiente, contribuindo para uma colheita mais produtiva, assegurando o rendimento, qualidade da produção e mantendo a efetiva participação no mercado.