Por Fabiana Matos
Ações do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) para prevenção e combate da monilíase foram apresentadas no Fórum Agricultura em Debate: por que Plantar Cacau?, evento realizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), que ocorreu nesta quarta-feira, 17, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco.
A programação teve como objetivo promover palestras integrando atores de toda a cadeia produtiva do cacaueiro, tendo em vista a crescente demanda de mercado e a necessidade de uma produção de qualidade, buscando fortalecer a organização do setor e traçando metas de exportação para o produtor rural em escala empresarial.
Durante o evento, a chefe do Departamento Tático de Ações Vegetal do Idaf, Waldirene Gomes, apresentou o painel “Resultados Alcançados e Métodos Utilizados no Combate e Controle da Monilíase no Acre”, ressaltando o plano tático-operacional e os resultados positivos que o órgão vem alcançando: “Participar de fóruns de discussão como este nos permite pontuar todo o trabalho sério e transparente realizado pelo Idaf, detalhando todas as medidas protetivas, metas estratégicas, campanhas e os dados relevantes de contenção”.
O agricultor do município de Capixaba, Rubemar Cardoso, participou do fórum e garantiu ter gostado de conhecer as orientações preventivas repassadas pelo Idaf: “Tenho notado que o cacau é tendência de mercado e de cultivo na região amazônica, mas também precisamos saber os cuidados que devemos ter com a plantação, principalmente observar a saúde da fruta”.
O Idaf, como órgão fiscalizador, desde 2021 vem realizando monitoramento, controle e erradicação da praga monilíase cacaueiro no estado, com medidas de vigilância do trânsito agropecuário, por meio da instalação de postos fixos e barreiras móveis, mapeamento das rotas de risco para entrada da praga nos municípios, e a intensificação da educação fitossanitária, com palestras em escolas e associações de produtores rurais, além de inspeção em propriedades rurais produtoras de cacau.
O chefe de pesquisa e extensão da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira do Pará (Ceplac), Fernando Mendes, mencionou que o Acre é exemplo de trabalho qualificado de contenção da monilíase: “A avaliação que a Ceplac faz sobre ações do Idaf é de que a posição tomada pelo órgão redundou no sucesso da contenção da praga no Acre. Reconheço todo o esforço, planejamento para contenção e deixo isso bem claro em todas cidades onde costumo realizar palestras sobre a economia produtiva do cacau”.
Pelo tempo decorrido desde o primeiro foco, em 2021, até 2024, tem-se mantido a praga contida no Juruá, com a realização de 12.068 podas sanitárias em cerca de 3.738 propriedades visitadas na região, demostrando que o programa de educação sanitária tem sido eficaz em difundir as informações sobre o combate à monilíase.